quinta-feira, 31 de maio de 2007

O osso de estimação

Quando os doninhos me foram buscar aos meus ex-donos, trouxeram comigo, entre outras coisas, um osso de borracha amarelo, daqueles que chia quando se aperta. Eu adorava aquele ossinho pelo que era frequente verem-me com ele na boca.
No Sábado do Festival da Eurovisão, não sei se influenciado pelas músicas, desfiz o osso em fanicos, chocando os meus doninhos. Agora só temos as fotografias que eternizam esse ossinho que tantas dentadinhas minhas levou.


O maravilhoso mundo dos cavalos

Certo dia, a minha doninha assistia a um programa onde estavam a falar de cavalos. Um deles relinchou, fazendo despertar a minha atenção. Resultado: fiquei, literalmente, a ver o programa até o mesmo acabar. Apreciem o momento:

O porquinho cantante

Os doninhos têm um porquinho que dança enquanto canta o “My girl”. Vejam como reagi ao dito cujo:




Regime de infantário

No início de Abril, uma vizinha nossa queixou-se que eu fazia muito barulho em casa quando os doninhos não estavam e que, inclusivamente, eu punha todos os cães do bairro a ladrar...!
Para não haver aborrecimentos, os doninhos decidiram que quando estivessem em casa, eu também estaria; quando eles não estivessem, eu também não estaria. E foi assim que, de manhã, antes de irem trabalhar, me passaram a levar para o quintal da Raquel e, ao fim da tarde, iam-me buscar para ir com eles para casa.
O bom disto era ter mais espaço para as minhas brincadeiras e ver não as paredes lá de casa mas as pessoas, os carros e outros cães a passar na rua durante o dia todo. Sou tão giro que são vários os vizinhos a virem ter comigo ao portão para me fazerem uma festa. Ah, o engraçado é que todos são unânimes em dizer que sou muito sossegado e que ninguém me ouve... Ainda ontem a vizinha do lado disse isto mesmo à minha doninha.
O lado negativo destas estadias no quintal é a minha fuga quando alguém entra ou sai e que se tem verificado todas as semanas... São uma verdadeira dor de cabeça para quem está presente quando eu fujo e para os meus doninhos que, aliás, também já foram vítimas das minhas debandadas. É que eu, às vezes, tenho a mania que sou rebelde e não obedeço quando me chamam pelo que é difícil apanharem-me a não ser que fique entretido a ver os cães dos quintais vizinhos ou que tenha um pouco mais de respeito a quem me chama.

Os convites

São assim os convites do casamento dos doninhos:



A primeira ida ao campo

Com mais tempo livre, os doninhos passaram a passear comigo mais vezes. Ao fim da tarde ou aos fins de semana, lá íamos os três.
Começaram por levar-me para o parque da Piedade mas a proximidade com a estrada, o facto de haver pessoas a correr naquele recinto e outras a passear, também, os seus cães fez com que mudássemos de local.
Os doninhos lá encontraram um sítio mais apropriado para eu poder estar à vontade e foi assim que eu tive a minha primeira experiência no campo. Corri livremente e fartei-me de saltar por cima das ervas mais altas, de tão giro que era. Foi um dia muito feliz para mim e para os doninhos também.








E à noite:



A ida ao veterinário

Passados poucos dias de estarmos em Elvas, os doninhos levaram-me ao veterinário, a Badajoz. Pode dizer-se que correu bem, tirando ter fugido para a sala de espera, onde aguardavam pela sua vez vários cães e gatos, ter de ser agarrado por três pessoas para me conseguirem pesar, ter tido medo dum stick que o veterinário me ofereceu e de ele ter dito que era o primeiro cão que conhecia com medo de comida! Mas quando chegou o momento de levar a pica, nem parecia o mesmo cão desvairado de há minutos atrás. Sentei-me, deixei o veterinário agarrar-me no cachaço e espetar-me a agulha e, depois, quando ele me pediu a pata, eu dei-lhe! Assim, sempre limpei um bocado a minha imagem e não deixei os doninhos tão envergonhados...

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Os primeiros dias em Elvas

Nos últimos dias de Janeiro, mudámo-nos então para Elvas. Os meus doninhos enfiaram-me no carro e fizemos uma viagem de duas horas.
Quando lá chegámos, já o sol se tinha posto, ou seja, mais uma vez, conheci a minha nova casa à noite! Escusado será dizer que os primeiros dias foram novamente marcados pelo meu medo de entrar nas divisões que desconhecia. Enfim...
Esta casa não era tão gira como a da Trafaria nem tinha jardim mas tinha um corredor comprido que me permitia correr!
Uma novidade no meu novo quotidiano foi o facto de passar a ver os meus doninhos na hora de almoço. Agora, só ficava sozinho quatro horas de manhã e outras quatro à tarde.
Talvez por ficar menos tempo sozinho, os doninhos deixavam-me a porta do quarto aberta para me poder deitar em cima da cama deles, como eu tanto gostava. Isto durou até ao dia em que os doninhos chegaram a casa e viram o recheio do edredon espalhado por todo o lado... Ups! A partir de então, passei a ficar só com o corredor e a cozinha “disponíveis”.

Doninhos: 7 meses

No dia 13 de Janeiro de 2007, os doninhos celebraram 7 meses de namoro. O doninho fez uma surpresa à doninha e ofereceu-lhe flores, um ramo de gerberas de várias cores, e levou-a a jantar ao Napoli, na Costa da Caparica. A doninha, como devem calcular, adorou!
O próximo dia 13 já seria comemorado em terras do Alentejo.

Ano Novo Vida Nova

O ano de 2007 seria de mudanças para nós.
Logo em Janeiro, os doninhos resolveram deixar a empresa onde ambos trabalhavam e partir para o Alentejo, Elvas. Deixaríamos a Trafaria, a vista para o Tejo, o jardim onde brincávamos, a proximidade com os familiares e amigos. Mas os doninhos deixariam, também, o emprego de que não gostavam, as horas perdidas nos transportes públicos sempre atrasados e a rebentar pelas costuras e ganhariam mais tempo para eles e para mim.
2007 seria, ainda, o ano do casamento dos meus doninhos!

terça-feira, 29 de maio de 2007

O primeiro Natal

Na véspera de Natal, os meus doninhos estiveram comigo o dia todo, tendo apenas saído para irem jantar e passar a meia noite em casa do Chico Zé e da Daniela.
O Hugo, a Ana e a Íris ofereceram-me um brinquedo novo - uma roca - e um Jumbone que eu considerei delicioso!
Os meus doninhos presentearam-me com duas tigelas novas para a ração e para a água. São mesmo giras!
No dia de Natal é que fiquei um bocado mais sozinho porque os meus doninhos andaram de um lado para o outro e não me podiam levar. Mas, como sempre, depois fui compensado.
O presente do doninho para a doninha foi um gorro que ela já andava a namorar há tempos para fazer a travessia do Tejo mais quentinha. A doninha ofereceu ao doninho o Io Canto da Laura Pausini, pelo qual ambos ficaram encantados e que se tornaria na banda sonora da casa, do carro etc. A preferência dos doninhos recaiu sobre Destinazione Paradiso e Non Me Lo So Spiegare. Aquele CD acabaria por ficar, para sempre, ligado à Trafaria. Aqui o je aconselha!

A família

Tendo-me tornado na mascote lá de casa, os meus doninhos levaram-me a conhecer o resto da família. O Hugo, a Sara, a Rita, o Tito e a Maggie já conhecia. Mas havia mais, para meu contentamento.
Rumámos até Alcântara para conhecer a Ana Maria, a Jesuína, o Diogo e o Pedro. O Diogo e o Pedro ficaram delirantes quando me viram. Já a Ana Maria só não teve um colapso porque não calhou... Disse com uma cara muito aflita que eu era muito grande e que a minha boca era enooooorme! Não foi nada que não lhe passasse com o tempo :)
Depois fomos conhecer a Jújú. Não vi o Mistiril e a Roni, os gatos lá de casa, porque, pelo sim pelo não, ninguém achou boa ideia. A Jújú gostou muito de mim e fez-me muitas festas.
Uns dias mais tarde, fui a casa de outra Ana Maria que também disse que eu era muito bonito. Ah, e enquanto lá estive, brinquei com uma super size tennis ball! Foi giro!
Faltava conhecer outro Hugo e outra Ana e a Íris, a cadelinha deles, o que aconteceria passado alguns dias. O meu encontro com a Íris é que não foi dos melhores. Eu até sou simpático e só quero brincar mas sou para aí quatro vezes maior do que ela e ela assustou-se comigo :(
Certo dia, apareceram lá em casa o Tó, a Manela e a Raquel. Eles tinham a Lili, a Dama, a Cuca e a Nina, uma gata e três cadelas mas só mais tarde é que eu as conheceria.
Estava a família apresentada e eu feliz da vida por ter tanta gente a gostar de mim.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Linus



Quando os meus doninhos me adoptaram, deram-me duas mantinhas polares azuis escuras, que dispunham cuidadosamente no chão com o intuito de eu me deitar lá em cima para não ter frio.
Acontece que os meus doninhos depressa perceberam que eu, desde logo, achei muito mais piada às mantinhas não para me aquecerem mas para as abocanhar. Quando estava contente então era verem-me de orelhas para trás, a abanar-me todo de um lado para o outro com uma das mantinhas na boca! Não havia nada a fazer.
A fase seguinte foi começar a trincar as mantinhas. Aquilo era fofinho e mantinha-me entretido. Os meus doninhos ainda me tentaram convencer do contrário mas em vão. Hoje, já só tenho uma dessas mantas, ou melhor, o que resta dela. Oiço os meus doninhos dizerem que aquilo mais parece um trapo mas afinal é a minha mantinha de estimação pelo que eles não a podem deitar fora. Nem pensar nisso!

Nicknames

Ora, deixem cá ver... De Rocky derivam Roquinho, Cocus, Cocas, Rocopototus (este é da mente hiper criativa do meu dono!)... Na hora dos mimos, é ver os meus doninhos darem largas à imaginação! Mas eu não me importo, até gosto.

O Nome

Antes de vos contar mais sobre mim, vou já falar-vos do meu nome pois tem sido pergunta recorrente aos meus doninhos. Para os mais distraídos, o meu nome é Rocky. E Rocky porquê? Pois, não sei... Já vinha comigo, quando os meus doninhos me foram buscar. E como já tinha 9 meses, eles não acharam boa ideia mudar. Teria de perguntar aos meus ex-donos... Se calhar eram fãs do Balboa :)

quinta-feira, 24 de maio de 2007

As primeiras fotos













Estas foram as primeiras fotos que os meus doninhos me tiraram. Estávamos em Dezembro de 2006, na casa da Trafaria.



Os primeiros dias

Os meus doninhos foram buscar-me num feriado colado a um fim de semana pelo que fiquei esses dias inteiros na companhia deles. Serviu para me ambientar a eles e à casa... sobretudo, à casa.
Tudo me assustava, a televisão, a máquina de lavar, as divisões que ainda não conhecia bem, qualquer som desconhecido... Mas os meus doninhos estavam sempre lá comigo de modo que me fui habituando a todas estas coisas novas, incluindo as rotinas como comer a horas e ir à rua.
Mas não fui só eu a ter de habituar-me a esta nova vida. Também os meus doninhos tiveram de adaptar-se a mim. Por exemplo, dormir sem interrupções até mais tarde foi coisa que eles deixaram de fazer pois, entre as 7h e as 8h, eu fazia sempre questão de acordar o meu doninho para ir comigo à rua. E tem sido assim até hoje.
Pois é, chegou Segunda-Feira, ou seja, o meu primeiro dia em casa sozinho uma vez que os meus doninhos iam trabalhar. Deram-me muitas festinhas e um biscoito e saíram. Fiquei triste mas portei-me bem. Dormi a maior parte do tempo em que estive sozinho.
Quando os meus doninhos regressaram a casa, fiquei muito contente e desatei aos saltinhos a abanar-me todo... Até ouvi os meus doninhos dizer que eu parecia um peixinho a nadar. Não fiz nada em casa e os meus doninhos devem ter gostado do meu comportamento exemplar sozinho porque me mimaram muito nessa noite e tive, ainda, direito a mais biscoitos.
Os dias seguintes foram em tudo muito semelhantes e, quando chegavam os fins de semana, eu era compensado pelos meus doninhos com muito carinho e brincadeira em casa ou no nosso jardim.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Como tudo começou

Olá a todos!
Vou então contar-vos como tudo começou para ficarem a par da minha história.
Quando eu era pequenino, um certo casal resolveu comprar-me para oferecerem ao filho deles. Enquanto fui pequenino e réplica dos cãezinhos da Scottex, fui muito bem tratado e mimado. O pior é que cresci e os meus donos não me quiseram mais dentro de casa. E que casa tinham eles...
Tinham também um grande jardim nas traseiras mas não pude desfrutar dele porque os meus donos vedaram um canto do relvado e colocaram-me lá... Ou seja, comia, dormia, brincava e, claro, fazia as minhas necessidades no mesmo (pequeno) sítio... Ah, já me esquecia de dizer que para os meus donos a metereologia não importava... Mas justiça seja feita, alimentavam-me bem e até aos 4 meses levei todas as vacinas que devia ter levado.
Nesta vida um bocado para o triste, nem tudo eram espinhos. Tinha um amigo, o Hugo, que me ia ver e meter-se comigo todas as semanas. Ele ia lá tratar do jardim com outro amigo meu mas sempre que podia, escapulia-se às suas tarefas e vinha ter comigo :) Sim, verdade seja dita, eu sou a simpatia em cão!
A certa altura, os meus donos tiveram a maravilhosa ideia de querer fazer um barbecue no jardim e com tanto espaço foram precisamente escolher o meu cantinho... A solução passou por perguntarem às pessoas que conheciam, inclusivé, ao meu amigo jardineiro, se me queriam.
O Hugo, empreendeu então uma cruzada para me arranjar uns novos donos porque, pelo que eu soube depois, ele já tinha dois canitos (uma cadelinha da minha raça e um Retriever Labrador) pelo que não poderia ficar comigo...
Os esforços dele foram bem sucedidos porque numa chuvosa noite de Dezembro (estava eu quase a fazer 10 meses), o Hugo e a Sara apareceram lá com a Cat e o Sam para me verem :) Fiquei muito contente nessa noite porque tive a atenção de sete pessoas só para mim e ainda tive a oportunidade de fugir do canil improvisado pelo que me fartei de correr e saltar à frente de todas aquelas pessoas (e sujá-las porque "dar banho ao cão" devia ser uma frase desconhecida para os meus donos e, para além disso, estava ensopado da chuva...)
A boa notícia é que estive assim só mais alguns dias pois o Hugo voltou lá uns dias depois e levou-me!!! Sim, levou-me com ele!!! :) Enfiou-me dentro do carro e dirigimo-nos para casa dele onde me aguardavam a Sara, a Ana Rita, a Maggie e o Tito (os tais cães de que vos falei anteriormente). Lá deram-me um belo banhinho, aliás, três... secaram-me e deram-me muito, muito miminho :) Estava no céu...
O que eu não sabia é que nessa mesma noite ainda iria ver mais amigos. A Cat e o Sam, que eu vira dias antes, apareceram lá, brincaram um bocado comigo, enfiaram-me dentro do carro e levaram-me para outra casa... Não estava a perceber nada. Ainda por cima, não havia luz devido ao temporal dessa noite, de modo que entrei na casa deles às escuras... spooky...
Eles devem ter percebido que eu estava assustado pelo que me fizeram muitas festas e estiveram sempre ao meu lado até a luz voltar. E voilá, quando a luz voltou, fiquei a conhecer a minha... NOVA casa! Finalmente tinha um novo lar e novos doninhos para me darem muito amor e aconchego. Eles deitaram-me ao lado da sua cama e só vos sei dizer que nessa noite dormi que nem um anjinho. Seria a primeira de muitas, sem frio, sem chuva e sempre acompanhado.
Iniciava-se um novo capítulo na minha vida, por sinal, bem mais feliz!